Torres diz que documento encontrado em sua casa foi vazado “fora de contexto” ajudando a alimentar narrativas falaciosas

Por Repórter Jota Silva
Divulgação: Jota Silva

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, o delegado de Polícia Pedral, Anderson Torres declarou que um documento apreendido ontem (11) pela Policia Federal (PF) em sua casa foi “vazado fora do contexto” assim ajudando a alimentar narrativas falaciosas

Torres foi alvo de um mandado de busca e apreensão e de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que a PF apontou omissão e conivência das autoridades de segurança do Governo do Distrito Federal (DF) no controle de atos antidemocráticos em Brasília, no domingo (8).

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Ao deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, ele se tornou Secretário de Segurança Pública do DF, mas foi exonerado após os protestos, que terminaram com a invasão e depredação do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a PF aprendeu na casa de Torres uma minuta de um decreto de estado de defesa para ser cumprido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme a publicação, o documento teria objetivo de “mudar o resultado das eleições de 2022”.

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Pelas redes sociais, Anderson Torres explicou que ministros recebem documentos, sugestões e propostas “dos mais diversos tipos”. De acordo com ele, a minuta estaria em uma pilha de documentos que para ser descartadas.

“O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá e vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas contra mim. Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como ministro”, declarou por fim o delegado.

Anderson Torres está nos Estados Unidos em férias. Segundo seu advogado, ele voltará ao Brasil “logo que possível”.

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