Governo Lula retira o Brasil de declaração internacional contra o aborto

Por Repórter Jota Silva
Governo Lua retira o Brasil de declaração internacional contra aborto. Divulgação: Jota Silva

O governo do presidente Lula do PT, informou hoje (17) que o país vai se desligar da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher, Fortalecimento da Família em defesa da vida.

A adesão à declaração foi feita durante o governo Jair Bolsonaro. Em 2020, o Brasil e mais 30 países assinaram o acordo, que representa uma posição das nações contra o aborto e pelo reconhecimento da família como base da sociedade.

O atual governo petista vem dando sinais claros da tentativa de legalizar o aborto no país. Para justificar a retirada do Brasil do acordo pró-vida, os ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC); das Mulheres; da Saúde e das Relações Exteriores emitiram um posicionamento oficial.

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Nota do Governo Lula

Em nota, os ministérios das Relações Exteriores, da Saúde, das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmaram que o governo considera que o documento possui “entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família”. 

Além disso, segundo o governo petista, a mudança de posição tem objetivo de cumprir a legislação brasileira e compromissos internacionais assumidos pelo Brasil na defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. 

Compromisso de Santiago e Declaração do Panamá

Também foi anunciada a entrada no Compromisso de Santiago e na Declaração do Panamá.

“O governo entende que o Compromisso de Santiago e a Declaração do Panamá estão plenamente alinhados com a legislação brasileira pertinente, em particular no que respeita à promoção da igualdade e da equidade de gênero em diferentes esferas, à participação política das mulheres, ao combate a todas as formas de violência e discriminação, bem como aos direitos sexuais e reprodutivos”, diz a nota. 

A adesão foi informada por meio de comunicado conjunto dos ministérios envolvidos.