O CNPJ do MEI passou por mudanças em 2023, saiba o que mudou

Por Repórter Jota Silva
Novo CNPJ do MEI. Divulgação: Jota Silva

O Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) empresa do Microempreendedor Individual (MEI) passou por mudanças em 2023. Deste o início do mês de janeiro, o Governo Federal implementou um novo padrão de nome empresarial. 

Portanto, o objetivo da mudança do CNPJ do MEI é preservar os dados pessoais do microempreendedor. Por esta razão, os novos cadastros nacionais de pessoas jurídicas não estão mais acompanhados do Cadastro de Pessoa Física (CPF) do titular. 

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Dessa forma, a alteração visa atender às reivindicações de milhares de empreendedores que não gostaram nada de ter os dados pessoais divulgados junto ao nome empresarial. Desta forma, será possível seguir as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LFPD). 

Contudo, existe uma particularidade na nova regra que envolve o CNPJ do MEI. Entretanto, a retirada do CPF abrangerá somente as microempresas individuais formalizadas a partir do dia 12 de dezembro. Os demais, terão a chance de solicitar a alteração através do Portal do Empreendedor. 

Baixa do MEI também será alterada

Você sabia que o CNPJ empresa do Microempreendedor Individual (MEI) não é a única característica que será alterada? Da mesma forma, a Receita Federal também está fazendo mudanças no funcionamento da Redesim, simplificando o processo de baixa realizado a partir do Portal do Empreendedor. 

Portanto, todos os MEIs que tiverem interesse em dar baixa na empresa dentro do portal Gov.br e que possuam a inscrição do CNPJ até o dia 15 de março de 2022, estão autorizados a fazer o procedimento somente com o selo de segurança nível bronze. 

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“As mudanças já estão em operação e trazem mais agilidade e mais segurança para os donos de micro e pequenos negócios”, afirmou a coordenadora do núcleo de simplificação de Políticas Públicas do Sebrae, Helena Rego.

Quem pode ser MEI?

Lembrando que o MEI nada mais é do que a modalidade empresarial com o propósito de regulamentar a atuação dos profissionais autônomos, garantindo-os direitos previdenciários e melhores condições de empreendedorismo.

Assim também, o profissional consolidado nesta categoria adquire um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), sendo autorizado a emitir notas e contratar um funcionário. Os principais requisitos para se enquadrar como MEI estão relacionados ao faturamento anual. Também quantidade de funcionários, bem como a atividade econômica a ser exercida.

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Então, o trabalhador que deseja se consolidar como MEI também precisa se atentar à atividade exercida. Isso porque, atividades intelectuais como médicos, engenheiros, dentistas, advogados, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e semelhantes ficam restritos a este regime. 

Por fim, para se registrar como MEI é preciso:

  1. Não ter sócios no negócio que está sendo aberto;
    2. Não ter outra empresa aberta em seu nome;
    3. Não participar de outro negócio, seja como sócio, seja como administrador.

Passo a passo para abrir uma empresa MEI 

Para iniciar a formalização, é preciso ter uma senha de acesso ao Portal de Serviços do Governo Federal, a Plataforma gov.br;
Quem ainda não possui a senha, deve clicar na opção Fazer Cadastro;
Depois que finalizar, com a senha em mãos, acessar o Portal do Empreendedor;
Consultar se a atividade exercida é permitida ao MEI, clicando em “Quem pode ser MEI?”;
Se a atividade for permitida, clicar em “Quero ser MEI”;
Em seguida, clicar em “Formaliza-se”;
Preencher o cadastro on-line.

Documentos necessários para abrir um MEI

CPF;
Título de eleitor,
CEP residencial e do local onde a atividade será exercida (é preciso verificar junto à prefeitura local se o negócio pode ser exercido no endereço escolhido);
Número das duas últimas declarações do Imposto de Renda;
Número de celular ativo.
Direitos do MEI

Dessa forma, é garantido a esses cidadãos benefícios, como:

Auxílio-maternidade;
Afastamento remunerado por problemas de saúde;
Aposentadoria por idade ou invalidez;
CNPJ, facilitando, assim, abertura de conta em banco e acesso a crédito com juros mais baratos;
Emissão de nota fiscal;
Para a família: auxílio reclusão e pensão por morte.
Entretanto, para manter todos esses benefícios, é preciso que o MEI se mantenha regularizado.

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