Confira o check-list para ter em mãos no momento de investir em uma startup

Especialista afirma que em 2023 tanto investidores quanto fundadores irão se apropriar de experiências, mas sob novas perspectivas

Por Repórter Jota Silva
Freepik

Nos últimos anos, o mercado de venture capital (VC) ganhou notoriedade ao redor do mundo. Um estudo realizado pela consultoria CB Insights identificou que em 2021 esse formato de investimento cresceu 142%, atingindo a marca recorde de US$ 169 bilhões investidos. Já com base em análises da plataforma Distrito, o ano de 2022 ocupou a segunda posição no ranking de melhor momento para captações, registrando um avanço de 46% em comparação ao ano anterior. Por sua vez, 2023 chega com uma nova perspectiva sobre o venture capital.

De acordo com Henrique Galvani, co-founder & COO da Arara Seed, primeira plataforma de investimentos coletivos do Agronegócio, este ano é de incertezas, mas ainda há chances do segmento ter um crescimento sutil, principalmente as Agtechs. No ano passado as agtechs demonstraram forte crescimento em número de deals e volume de captação, segundo dados da Distrito os aportes no ano representou um aumento de 111% do total investido em 2021. “Fala-se muito sobre o inverno VC. No entanto, os empreendedores passaram a entender que o momento do investimento de risco vem sendo mais realista e acompanhado de valuations substancialmente menores em estágios mais avançados, o que chamamos de late stage, isto é, com tickets de investimento consequentemente menores. Por outro lado, os estágios iniciais (early stage) ainda se mantêm aquecidos”, afirma o executivo. 

Galvani explica que o aquecimento de aportes em startups iniciais ocorre por conta da possibilidade de valorização via múltiplos, que é maior. “Aqui, os investidores ainda irão direcionar recursos financeiros a negócios em estágios iniciais e com alto potencial de crescimento. Portanto, o processo será feito de uma forma mais criteriosa, enquanto os fundadores dessas empresas se preocupam com uma melhor alocação dos aportes recebidos, além de buscarem diferentes alternativas de captação”, pontua Henrique. 

Pensando em auxiliar no sucesso dos investidores que desejam ingressar no ecossistema das startups, o especialista criou um check-list indispensável para quem queira começar a investir. Confira abaixo: 

1.Seja mente aberta e esteja disposto a correr riscos

O perfil ideal de investidor no ambiente de inovação é aquele que aceita correr riscos e que esteja disposto a investir no longo prazo. A mentalidade do investidor deve ser: “Vou diversificar meu portfólio também em risco e vou investir nessas empresas que têm potencial de crescimento exponencial. Se algumas derem certo, daqui quatro a sete anos vou ter retorno que pode chegar a 15x do capital investido. Recomendamos que você não invista mais do que 10% do portfólio total de investimentos e antes de investir leia atentamente todo o material da oferta”, diz o executivo. 

2.Diversificar é imprescindível

Uma das principais estratégias para o sucesso do investimento em startup é a diversificação. Como trata-se de um formato de alto risco, deve compor apenas parte do portfólio dos investidores a fim de construir uma carteira saudável. “As plataformas de crowdfunding são uma excelente alternativa para investidores pessoas físicas não ficarem de fora dos investimentos em empresas de tecnologia. As plataformas de equity crowdfunding estão democratizando o acesso ao venture capital. Neste caso, diferentemente do tipo de arrecadação conhecida como vaquinha, por exemplo, quem contribui também ganha. Normalmente, ocorre uma participação societária na investida”, revela Galvani. 

3.Analise os materiais da oferta

Antes de aportar capital a uma empresa, é fundamental exercer uma análise criteriosa a fim de identificar o potencial do negócio e também como será alocado o recurso financeiro. “O investidor precisa levantar questões como a capacidade de o time colocar a startup em operação, o tamanho de mercado, a capacidade de geração de lucro a médio prazo, o nível de dependência de investimentos, know-how dos fundadores, diferenciais competitivos e afins”, finaliza o COO.

Sobre a Arara Seed

Fundada em junho de 2022 em Ribeirão Preto (SP), a Arara Seed nasceu com o intuito de revolucionar o investimento em startups no agribusiness, sendo a primeira plataforma com tese de investimentos voltado para o Agro e Food. Até 2030 a Arara Seed pretende investir em 100 startups e cerca de R$ 140 milhões no setor Agro. Regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a plataforma conecta investidores a promissoras AgTechs (startups do agronegócio) e FoodTechs (startups de Alimentos & Bebidas) que passam por uma criteriosa seleção. Saiba por meio do link.

VEJA TAMBÉM