Petrobras inicia medições e estudos eólicos no pré-sal 

Por Repórter Jota Silva
FOTO: André Ribeiro / Agência Petrobras

Avaliação do potencial eólico

A estação de medição de ventos foi instalada no navio-plataforma P-75, que é do tipo FPSO (unidade flutuante que produz, armazena e transporta petróleo), no bloco de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A tecnologia consiste em um sistema de medições de sensoriamento remoto do tipo Lidar (Light Detection and Ranging). O equipamento dispõe ainda de outros sensores para fornecer subsídios aos estudos de aprimoramento dos métodos de medição de dados eólicos offshore. Os dados serão acumulados e transmitidos diretamente do FPSO P-75 para o Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras, o Cenpes, e serão avaliados por um período de 3 anos. No projeto está prevista a instalação de mais um equipamento, este ano, em outra plataforma do pré-sal, no Campo de Mero. 

“As campanhas de medição não são novidade para a Petrobras. Há uma década a empresa iniciou estudos de viabilidade para implantação da atividade eólica offshore, com a instalação da primeira torre anemométrica, capaz de medir características do vento, no mar do Brasil em uma plataforma instalada em águas rasas no litoral do estado do Rio Grande do Norte”, lembra o diretor de Engenharia e Tecnologia e inovação da Petrobras, Carlos Travassos. Já as primeiras medições no campo de Mero, se deram em 2019, em caráter de teste curto, a bordo do FPSO Pioneiro de Libra.

Projeto multidisciplinar

O projeto Ventos de Libra é liderado por duas mulheres: a engenheira Cristiane Lodi, que coordena o projeto pela Petrobras e pelo consórcio de Libra*, e a professora Adriane Prisco Petry, da UFRGS, que coordena o NIEPIEE (Núcleo de Integração de Estudos, Pesquisa e Inovação em Energia Eólica). O Núcleo, da UFRGS, inclui especialistas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Ao todo, a equipe multidisciplinar associada do NIEPIEE reúne cerca de 50 pesquisadores, além de especialistas do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras, o Cenpes.  

O Consórcio de Libra é operado pela Petrobras (38,6%) em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA (3,5%), que exerce papel de gestora do Contrato de Partilha de Produção, no Consórcio de Libra, e representa a União na área não contratada.

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