MPRJ pede prisão preventiva de médica colombiana por morte de paciente após lipo

Por Repórter Jota Silva
MPRJ pede prisão preventiva de médica por morte de paciente submetida a lipo

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou e pediu a prisão preventiva de médica colombiana pela morte da paciente Adjane Marinho dos Santos, após procedimento estético realizado em agosto de 2020. Em junho deste ano, a colombiana Eliana Maria Jimenez Diaz foi denunciada pela morte de outra paciente.

O promotor de Justiça Sauvei Lai avalia que a denunciada assumiu o risco de causar a morte da vítima na cirurgia, porque já havia provocado outro óbito recentemente ao realizar procedimentos estéticos, “demonstrando assim indiferença quanto ao resultado morte que poderia ser produzido com as cirurgias”.

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Eliana Jimenez foi contratada pela vítima para a realização de uma lipoaspiração realizada em 11 de agosto de 2020. No dia seguinte, a paciente recebeu alta hospitalar, mesmo com sangramento e anemia. Como sentia fortes dores, na madrugada seguinte foi levada para um hospital, onde foi constatado que Adjane dos Santos apresentava perfuração do intestino grosso e delgado, bem como pancreatite aguda. Os familiares da vítima foram comunicados pela direção do hospital que o óbito ocorreu por erro médico.

Prisão preventiva de médica colombiana

Ao encaminhar a denúncia e o novo pedido de prisão para a 2ª Vara Criminal da Capital, o promotor destaca o risco de manter em liberdade a denunciada, tendo em vista “outros procedimentos investigatórios em que a atuação profissional da médica se mostrou extremamente grave, a ponto de causar a morte de duas pacientes”.

Outra morte

Eliana Jimenez Diaz é acusada também da morte da cozinheira Ingrid Ramos Ferreira de 41 anos, após procedimento estético realizado em 12 de junho deste ano. A paciente morreu horas depois de ter sido submetida a uma abdominoplastia. A paciente chegou a ser socorrida pelo Serviço de Assistência Médica de Urgência (Samu), mas não resistiu e morreu antes de ser levada para um hospital. Ela estava acompanhada do filho de 14 anos, que ligou para a família. Quando o irmão e a cunhada de Ingrid chegaram à clínica, ela já estava morta.

A médica colombiana chegou a ser ouvida pela polícia, mas foi liberada em seguida.

A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda que procedimentos estéticos como a abdominoplastia sejam realizados em hospitais e não em clínicas que, geralmente, não têm suporte para casos mais graves. A cirurgia plástica consiste em remover determinado volume de gordura e excesso de pele na região do abdômen.

Fonte: EBC

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