Candidato à presidência do Equador é assassinado durante comício de campanha em Quito nesta quarta, 9

Por Repórter Jota Silva
Fernando Villavicencio, candidato a presidencia do Equador é assassinado em Quito. Foto: Reprodução

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, confirmou em publicação no Twitter que o candidato presidencial Fernando Villavicencio foi assassinado com três tiros na cabeça no final da tarde desta quarta-feira (9). Na postagem, Lasso prometeu que o crime não ficará impune.

“Indignado e consternado pelo assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à sua esposa e suas filhas. Por sua memória e sua luta, asseguro-lhes que este crime não ficará impune”, afirmou o presidente do Equador.

Ele também afirmou que mobilizará as autoridades do Conselho Nacional Eleitoral e da Corte Nacional de Justiça, entre outras, para tratar do assunto. “O crime organizado já foi muito longe, mas sobre ele cairá todo o peso da lei”, acrescentou Lasso.

O assassinato do candidato à presidência do Equador

Pouco antes da manifestação de Lasso, a rede de televisão local Ecuavisa e uma associação de imprensa local informavam do assassinato do candidato em um comício de campanha, no norte de Quito, nesta quarta-feira (9).

De acordo autoridades locais, três criminosos efetuaram disparos de metralhadoras contra Villavicencio. Outras nove pessoas, entre elas, uma candidata à Câmara de Deputados e dois policiais, ficaram feridas.

Segundo o Ministério Público do Equador, um dos suspeitos do crime foi morto depois de uma troca de tiros com a polícia. Seis pessoas foram detidas por suspeita de envolvimento no caso.

Fernando Villavicencio

Villavicencio tinha 59 anos, era um ex-sindicalista da empresa estatal de petróleo Petroecuador e, depois, tornou-se um jornalista que publicou histórias em que denunciava que a companhia perdeu milhões de dólares por negócios ruins.

Entre 2021 e 2023, ele foi deputado federal. Ele se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores.

O político era um adversário do ex-presidente Rafael Correa — em 2014, quando era jornalista, chegou a ser condenado a 18 meses da prisão porque a Justiça entendeu que ele cometeu injúrias contra Correa.

Ele afirmava que Correa tinha dado ordens para que o hospital da polícia fosse invadido por homens armados — à época, havia uma rebelião de policiais. Ele chegou a ir para o Peru como exilado político. O candidato à presidência do Equador Fernando Villavicencio era casado com Verónica Sarauz e deixa cinco filhos.

Eleições 2023 no Equador

O primeiro turno das eleições presidenciais do Equador está marcado para 20 de agosto. O candidato à presidência do Equador Villavicencio não estava entre preferidos para ir ao segundo turno nas pesquisas de intenção de voto, lideradas por Luísa Gonzales, do partido Revolução Cidadã.

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