O Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá – CODEM – deu início oficialmente aos trabalhos de mais uma Câmara Técnica, a CT da Indústria, que reúne representantes de várias empresas e instituições do setor industrial de Maringá.
Os membros das Câmaras Técnicas do CODEM tem se reunido nas últimas semanas para debater as principais demandas de cada setor. O objetivo é encaminhar aos candidatos à prefeitura da cidade um documento reunindo propostas que estão sendo apresentadas para todos os setores.
Neste primeiro encontro, os integrantes da CT da Indústria realizaram um Workshop para debater e identificar alguns dos maiores desafios que o setor enfrenta. Uma das demandas apontadas foi a falta de qualificação de profissionais para os cargos mais estratégicos das empresas industriais.
Outro aspecto bastante debatido foi a necessidade de atrair as novas gerações para o segmento. As oportunidades existem, mas, segundo Marco Aurélio Gonçalves, consultor técnico do Sebrae, falta uma integração com os novos profissionais. “É preciso melhorar a comunicação e o posicionamento do setor, para que os novos profissionais despertem para as oportunidades presentes no município”, disse ele.
Para a economista do CODEM, Juliana Franco, são muitas as demandas para a indústria. Um trabalho importante, depois do alfandegamento do aeroporto, é criar estratégias para levar indústrias para o entorno, criando, a exemplo de Confins (MG), um aeroporto indústria. “Seria fundamental desenvolver um plano industrial para o aeroporto, utilizando o Terminal de Cargas Internacional (TECA) para o transporte de cargas para a América Latina”, ressaltou a economista.
O vice-presidente da Fiep, Paulo Meneguetti, que também participou das discussões ressaltou que muitas ações dependem de decisões e ações da própria indústria, mas há decisões que precisam partir do poder público. “Ainda dependemos de uma maior qualificação dos nossos profissionais. A automação é cada vez mais presente então, além de formar novos profissionais, precisamos investir na atualização e na capacitação dos nossos profissionais. Isso impacta na produtividade e no crescimento das nossas empresas”, disse ele.
As indústrias estão em busca de soluções para viabilizar uma maior produção e de logística que permita uma maior distribuição do que produzimos aqui. O presidente da Câmara Técnica da Indústria, Cézar Couto, fez questão de salientar que o aeroporto é muito importante para a cidade e para as indústrias. “Também percebemos que a energia é um ponto nevrálgico. Além do custo com os combustíveis, existe uma preocupação crescente com a geração de energia e com a necessidade de investimentos num gasoduto ou na disponibilidade do gás liquefeito, o que possibilita uma redução de custos para as indústrias. O que se vê também é a necessidade de viabilizar maiores investimentos para alternativas na geração de energia, como a fotovoltaica, por exemplo. Nossa preocupação é garantir segurança e redução de custos para a produção industrial, o que nos permite manter a qualidade na entrega para nossos clientes”, finalizou.