Pesquisa aponta que alemães querem novo governo e eleições antecipadas; valor da energia trava país

Por Repórter Jota Silva

Atual desenvolvimento econômico da Alemanha continua a ser afetado pela crise energética e pela queda dos rendimentos reais.

Tanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) como a União Europeia preveem que a economia alemã registe uma contração este ano.

De acordo com o Euronews, a recessão surge na perda do gás natural de Moscou pelas sanções impostas pelo bloco europeu. As indústrias sentiram o choque sem precedentes que ecoa até agora.

A perda do gás natural russo barato, necessário para alimentar as fábricas, “prejudicou dolorosamente o modelo de negócio da economia alemã”, disse Christian Kullmann, diretor executivo da grande empresa química alemã Evonik Industries AG, ouvido pela agência europeia.

De acordo com uma sondagem feita pelo jornal alemão Bild e divulgada pela agência Bloomberg, 59% dos 1.001 alemães inquiridos prefeririam eleições para um novo parlamento em 2024, enquanto 27% se opõem a tal medida. As eleições regulares estão marcadas para o outono de 2025.

O Conselho Consultivo de Economistas do governo alemão, conhecido como Cinco Sábios, disse que “o atual desenvolvimento econômico da Alemanha continua a ser afetado pela crise energética e pela queda dos rendimentos reais”, segundo o canal RTP.

Olaf Scholz, um social-democrata, o ministro da Economia, Robert Habeck, dos Verdes, e o chefe das finanças, Christian Lindner, líder dos Democratas Livres, têm regateado os detalhes, levantando questões sobre a viabilidade da aliança de três partidos formada após as eleições de 2021.

A coligação governante de Scholz sofreu recentemente derrotas eleitorais contundentes em duas potências econômicas importantes do país. Os três partidos do governo perderam apoio na Baviera e em Hesse, onde reside cerca de um quinto do eleitorado alemão, em um contexto de crescente frustração dos eleitores.

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