Javier Milei, candidato de direita venceu a “campanha do medo” da esquerda e será o futuro presidente da Argentina pelos próximos quatro anos. Milei foi eleito com 55,95% dos votos na disputa contra 44,04% do governista peronista Sergio Massa atual ministro da Economia.
Ao votar no início da tarde, Milei disse que “tudo o que tinha de ser feito já foi feito” e a hora de as pessoas falarem tinha chegado, “apesar da campanha do medo”. O candidato da coalizão La Libertad Avanza disse que o momento era de esperança, para impedir o que chamou de “continuidade da decadência”.
Economista, Milei se caracteriza por ser um candidato antissistema num país abalado por uma grave crise econômica, causada pelo governo esquerdista, onde a inflação chegou a 142,7% nos 12 meses terminados em outubro.
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Javier Milei promete dolarizar a economia e extinguir o Banco Central argentino para acabar com a inflação, mas amenizou outras promessas no segundo turno, prometendo não privatizar a saúde e as escolas públicas.
Milei que chegou ao auge da fama como comentarista econômico em programas de televisão, atraiu o voto sobretudo dos mais jovens ao se posicionar contra aos políticos tradicionais, que chama de “a casta”.
Durante a campanha, Milei foi comparado a políticos como o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Quanto as relações comerciais entre Brasil e Argentina, Javier Milei, disse que não pretende negociar com o presidente Lula por considerá-lo um corrupto de esquerda.
Brasil
Pelas redes sociais, antes mesmo da confirmação da vitória de Milei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou as instituições argentinas pela condução do processo eleitoral, bem como ao povo argentino pela participação “de forma ordeira e pacífica”.
Ainda sem saber quem seria o vencedor, Lula desejou sorte ao próximo governo. “Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”. O presidente brasileiro ainda não se manifestou após a confirmação do resultado no país vizinho.