Paraná registra mais sete casos confirmados de varíola dos macacos

Por Repórter Jota Silva
Paraná registra mais sete casos confirmados de varíola dos macacos. Foto/arquivo/divulgação: Repórter Jota Silva/Saiba Já News

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou nesta quarta-feira (23) mais sete casos de Monkeypox ou “varíola dos macacos” no Paraná. Os novos casos foram registrados em Curitiba (5), Siqueira Campos (1) e Paranaguá (1).

Ao todo, o Estado soma 274 diagnósticos positivos da doença, 896 descartados, 141 suspeitos e nenhum óbito. Dentre os casos confirmados, 259 são homens e 15 são mulheres. A faixa etária da maioria das confirmações abrange dos 20 aos 39 anos.

“Em casos confirmados, a orientação é para que o paciente mantenha o isolamento até a cicatrização total da lesão. Medidas adicionais como realizar a higienização das mãos constantemente e não compartilhar alimentos, talheres, roupas e outros objetos são fundamentais para conter a transmissão da doença”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

A Monkeypox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

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SOBRE A DOENÇA

Monkeypox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, é importante destacar que os primatas não humanos não são reservatórios do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (p. ex., esquilos) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central. O Monkeypox é comumente encontrado nessas regiões e pessoas com a doença são ocasionalmente identificadas fora delas, normalmente relacionadas a viagens para áreas onde a Monkeypox é endêmica. 

A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A erupção geralmente se desenvolve pelo rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, que depois cai. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. A diferença na aparência com a varicela ou com a sífilis é a evolução uniforme das lesões.

A Organização Mundial da Saúde emitiu alerta sobre casos da doença em países não endemicos. Desta forma, em 23 de maio foi ativada Sala de Situação de Monkeypox, na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para coordenar a resposta aos casos prováveis da doença no país e organizar as ações relacionadas à vigilância e assistência à saúde. Esta estrutura permite detectar casos, avaliar os riscos e impactos à saúde e; monitorar e analisar os dados para subsidiar a tomada de decisão dos gestores e técnicos, nas orientações estratégicas adequadas e oportunas para o enfrentamento do evento de saúde pública.

Fonte: Ministério da Saúde

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