Desde 2016 o IDR-Paraná produz e libera tamaríxias, trabalho desenvolvido em parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, Integrada Cooperativa Agroindustrial e Grupo Prates. Já foram distribuídas mais de 10 milhões de vespinhas.
A liberação de tamaríxias é feita em pomares domésticos (tanto da zona rural como em áreas urbanas), plantios comerciais abandonados e também nas cidades, sobretudo onde há plantas de murta, espécie ornamental que é uma das principais hospedeiras do psilídeo. É feito dessa forma porque nesses locais não há aplicação de inseticidas e as vespinhas ficam “protegidas”.
“É mais uma ferramenta que o IDR-Paraná coloca à disposição do setor produtivo”, destaca a diretora de Pesquisas do Instituto, Vânia Moda Cirino.
PASSO A PASSO – O aplicativo IDR-Tamaríxia foi desenvolvido com o objetivo de fornecer aos produtores e técnicos uma orientação passo a passo para a distribuição da vespinha. “Um sistema de localização georreferenciada permite a geração de mapas com histórico de liberação”, explica o entomologista Humberto Androcioli.
A doença HLB vem ganhando escala e preocupando técnicos e produtores das zonas citrícolas de todo o Brasil. Ela é causada por bactérias Candidatus Liberibacter e tem potencial para reduzir drasticamente a produção dos pomares, principalmente devido à queda prematura dos frutos, que resulta em redução da produção. Pode ainda levar à morte precoce das plantas e, consequentemente, causar a diminuição da vida útil dos pomares.
Inseto vetor, o psilídeo dá início ao ciclo da doença adquirindo bactérias do HLB ao sugar a seiva de plantas infectadas e fazendo sua disseminação pelo pomar quando se alimenta em árvores sadias.
O objetivo do controle biológico é diminuir a população do inseto vetor nos pomares. Para isso, a estratégia é a distribuição da vespinha tamaríxia, que parasita as ninfas (formas jovens) do psilídeo.
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